O HOMEM MURALHA
Obra constituída por 5 esculturas antropomórficas orientadas em diferentes direções, com pequenas diferenças entre si. Constituídas por pequenos quadrados de ferro que agem como pixéis numa fotografia, pretendem questionar o conceito de identidade no mundo industrial contemporâneo.
No ano de 1978 nascia Pedro Pires em Luanda. O escultor português licenciado em escultura com especialização em tecnologia da pedra pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e com mestrado em Artes Visuais na Central Saint Martins School of Art em Londres, já construiu um portfólio de obras e um nome incontornável no mundo da escultura. Os seus trabalhos refletem uma reflexão sobre o interior e o exterior do corpo, até porque as figuras humanas são um elemento constante no trabalho de Pedro Pires. Tudo começou com uma ida em Erasmus para Atenas, na Grécia, onde há a cultura clássica da pedra e de construir corpos humanos em barro com modelo ao vivo, mas Pedro Pires apaixonou-se na realidade pelos moldes das peças.
As peças são sobre o individuo porque estão relacionadas com o mundo real, e quando Pedro Pires lhes acrescenta o ferro através de quadrados pequenos dando a forma de uma armadura, tenta assemelhar este objeto a pixéis de uma foto. A ideia era utilizar pixéis como símbolo do nosso mundo carregado de imagens em que muitos perdem a identidade e há uma miscelânea de culturas. Este é, para Pedro Pires, um problema atual e bem real e por isso utiliza o píxel como símbolo.